A dream that i can know

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Desisti da certeza
Afinal, nem a meteorologia precisa é.
Caminho como um Vivente do Eterno
No agora faço lançar
As sementes de meus anseios
Que um dia frutos irão se tornar.


Conter não é viver,
Vida é deixar-se ir.
Na certeza do incerto
Apostar no inesperado,
Sonhos mil a realizar,
Um romper com o passado.

Amanhã? Não sei.
Não importa, nem quero saber.
O hoje? Ah, eu abraço,
Pois é no agora do amor
Que me nutro e me preparo
Para os desafios e também aos fracassos. 

Ao deixar de me alimentar,
Exaurem-se as minhas forças.
Tenho necessidade de comida e de amor,
Sou frágil e carente, sei.
Por isso, não me descuido,
Cuidando bem do que plantei

Nem me preocupa o maior terremoto.
Por mais devastador que seja,
Não deixarei de tocar as estrelas
Nem de caminhar.

Se de sonhos é que me motivo,
O que não faço é parar de semear.
Na lida disciplinada do agricultor
Faço do calor do sol
O fogo de meu viver.
E quanto às tempestades,
Faço das gotas o orvalho
Que refresca meu amanhecer
Nem o rigor do inverno,
Meu coração enrijecerá,
O manterei cálido
Embalado pela esperança
Na espera paciente
Pela bem aventurança. 

Que será o meu deleite
Saborear dos prazeres
Dos frutos que um dia semeei.
Vida, como é generosa!
Sinto-me como bebê acalentado
A sugar o seio de uma mãe amorosa
.
 Hélio Arakaki





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